Vejo-me nesse espelho, com os olhos embaçados
Porque eu trago no peito um coração amargurado.
Velho e na solidão, pelos meus abandonado,
Minh’alma triste e cansada por tanta desilusão.
Quem eu amei foi embora, um dia por Deus chamada
P'ro lugar que os anjos moram. Os filhos?
Esses me abandonaram, a sorte, ao Deus dará...
Não posso conter a tristeza, por isso minh’alma chora.
Seguem a vida distante e já não se lembram de mim.
Mas isso eu compreendo... São pessoas importantes!
No vício então me afoguei, levando essa vida errante,
Com essa amargura constante, só peço a Deus por meu fim.
Na bebida me entorpeço porque só assim eu esqueço
Que esbanjei felicidade quando ainda era capaz.
Agora, na minha idade, sem dinheiro, sem amigos,
Sem honra, sem vaidade, só tenho o céu como abrigo.
Por favor, não fale-me do teu Deus, de redenção ou de fé.
Não lhe presto atenção, já nem lhe quero ouvir.
Deixe-me assim desse jeito, pois o coração, já nem sei
Se ainda bate em meu peito. Desculpe-me...
Texto:Maria Lúcia Bastos
Porque eu trago no peito um coração amargurado.
Velho e na solidão, pelos meus abandonado,
Minh’alma triste e cansada por tanta desilusão.
Quem eu amei foi embora, um dia por Deus chamada
P'ro lugar que os anjos moram. Os filhos?
Esses me abandonaram, a sorte, ao Deus dará...
Não posso conter a tristeza, por isso minh’alma chora.
Seguem a vida distante e já não se lembram de mim.
Mas isso eu compreendo... São pessoas importantes!
No vício então me afoguei, levando essa vida errante,
Com essa amargura constante, só peço a Deus por meu fim.
Na bebida me entorpeço porque só assim eu esqueço
Que esbanjei felicidade quando ainda era capaz.
Agora, na minha idade, sem dinheiro, sem amigos,
Sem honra, sem vaidade, só tenho o céu como abrigo.
Por favor, não fale-me do teu Deus, de redenção ou de fé.
Não lhe presto atenção, já nem lhe quero ouvir.
Deixe-me assim desse jeito, pois o coração, já nem sei
Se ainda bate em meu peito. Desculpe-me...
Texto:Maria Lúcia Bastos
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