28 junho, 2010

Noites Sem Céu

22 junho, 2010

Noites Sem Céu - malú bastos


Deixa-me dizer o quanto dói em mim a tua ausência.
Por um só instante,
por um minuto só.

Reparei que hoje, e só hoje percebi, que não contemplo
o céu ao anoitecer.
Há quanto tempo não percebo as estrelas e sonho nosso sonho de Amor que eu acreditava infinito. Há quanto tempo...

Lembro-me que me inundava de céu, de luar e ficava silenciosa repassando
nossa história de amor e achava “nossa história” a mais bonita que alguém
pudesse viver ou contar.

E era...

Eu me aninhava no teu abraço e acreditava que as noites – a lua – eram realmente
dos que sentiam e viviam um amor como o nosso.
Eu mergulhava no teu olhar e
Eternizava o momento.

Mas a vida... Ah... A vida! Foi tão implacável e mudou
o rumo de nós dois como
o vento “tenta” mudar o rumo dos barcos a vela.
O vento “tenta’, mas a vida... Bem, a vida
reescreve e consuma finais inesperados
para histórias de amor.

E hoje,
que a distancia nos separa tão inutilmente,
Não sei dos teus atalhos,
Mas sei com precisão o
tempo que não respiro estrelas.

Pedi um instante pra falar das minhas noites sem céu e chorar tua
Ausência.

Precisaria uma vida pra falar da Solidão e da Saudade que sinto de ti.

Talvez um dia haja novamente essas noites plenas, cheias de encantamento,

Abarrotadas de abraços e de beijos e bocas recheadas de promessas futuras.

Talvez um dia nos aconcheguemos em abraços ardorosos e finjamos contar estrelas para que nesse silencio usufruamos o prazer de apenas estarmos perto um do outro.

Talvez um dia...



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16 maio, 2010

..Versos Enluarados

Chamei por alguém, reclamei, clamei e
foi então que me dei conta que
o mundo tinha ensurdecido ou
de tanto desamor
teria morrido de tristeza?

Não sei... Pintei a vida de azul,
dei pinceladas cor de prata que
quase refletiu o luar.
Chamei, clamei, reclamei mas
ninguém veio olhar o mundo
novo que eu havia pintado.
O mundo também estaria cego ou
por desilusão teria morrido
de tristeza?

E quando percebi que ninguém viria,
sentei-me a beira da estrada e em total
estado de solidão adentrei meu mundo
azul e raios de luz inundaram minhalma
pra eu não morrer de tristeza.
E foi então que escrevi esses versos
que parecem tristes mas que são
totalmente enluarados!
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22 janeiro, 2010

Ai de Ti


Na telinha a dor dos miseráveis.
A terra gemeu e esmagou os sonhos,
ceifando centenas de vidas.
A terra tremeu e eu, eu tremo agora ante
as cenas de dor e desespero.


Ai de ti Haiti – que Deus se apiede
dos que ainda tem que seguir
tentando apagar a memória.

Ai de ti Haiti!
Não há mais o que fazer...
Só não tente apagar a chama
da Fé, da Esperança, da Aceitação
para o que não se pode explicar.
Repare que a Luz de Deus se acenda todos
os dias,
porque o céu... afinal não tremeu.

Maria Lúcia Bastos


Disfarce



Na minha ânsia de querer-te tanto,
Intenso desejo de te ver por perto,
E o doce engano de amizade pura.

Guardo-te em mim... isto eu sei...é certo.
A chaga viva no meu peito arde,
Ferida atroz que sem fazer alarde
Vai de mansinho consumindo a alma,
Mas que no sorriso, se revela a calma.

Visto o disfarce na minha face nua.
Não serás meu – isto também é certo,
Mas para sempre... eu serei tua.

Maria Lúcia Bastos

15 janeiro, 2010

De sorte que...


“De sorte que vivo buscando olhares
profundos e verdadeiros. Vez ou outra
um olhar me atrai, mas não vinga...
O olhar se trai no raso e revela bem lá
no fundo a sua verdadeira intenção.
Que pena! Por que dá muito trabalho
pesquisar olhares e me desanima a
total perda de tempo.


É... me retomo e
não deixo que se perca a esperança.De sorte que é isso...
Se você me entendeu ... Que sorte!!! Torça por mim!"

Maria Lúcia Bastos

04 janeiro, 2010

rescador





Amanhã



Pela manhã, quando o sol me acordar
vou me deixar na cama, sonolenta e preguiçosa.
Vou me levar a outras paisagens,
Imaginando ser leve como pluma.
Onde eu possa voar e transgredir,
Onde eu possa mentir e me permitir
Inventar que sou o que não sou,
Assim como o pescador, que inventa
lorotas pra encantar ouvidos crentes,
crente que o outro acreditou.
Mas isso, só amanhã. Porque essa
Noite vou sonhar a realidade
que não quero viver.

Maria Lúcia Bastos


Dejavu




Por certo que vivi outras vidas.
Como é certo o dejavu que as
Vezes se confunde com imaginação.
São meias lembranças de meias
Verdades...
Mas sei que existi sob este mesmo luar,
Sentindo a mesma emoção que sinto agora.
A que me reporta tal sentimento?
A uma crucial... Saudade.

Maria Lúcia Bastos