04 janeiro, 2010

Amanhã



Pela manhã, quando o sol me acordar
vou me deixar na cama, sonolenta e preguiçosa.
Vou me levar a outras paisagens,
Imaginando ser leve como pluma.
Onde eu possa voar e transgredir,
Onde eu possa mentir e me permitir
Inventar que sou o que não sou,
Assim como o pescador, que inventa
lorotas pra encantar ouvidos crentes,
crente que o outro acreditou.
Mas isso, só amanhã. Porque essa
Noite vou sonhar a realidade
que não quero viver.

Maria Lúcia Bastos


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