22 junho, 2010

Noites Sem Céu - malú bastos


Deixa-me dizer o quanto dói em mim a tua ausência.
Por um só instante,
por um minuto só.

Reparei que hoje, e só hoje percebi, que não contemplo
o céu ao anoitecer.
Há quanto tempo não percebo as estrelas e sonho nosso sonho de Amor que eu acreditava infinito. Há quanto tempo...

Lembro-me que me inundava de céu, de luar e ficava silenciosa repassando
nossa história de amor e achava “nossa história” a mais bonita que alguém
pudesse viver ou contar.

E era...

Eu me aninhava no teu abraço e acreditava que as noites – a lua – eram realmente
dos que sentiam e viviam um amor como o nosso.
Eu mergulhava no teu olhar e
Eternizava o momento.

Mas a vida... Ah... A vida! Foi tão implacável e mudou
o rumo de nós dois como
o vento “tenta” mudar o rumo dos barcos a vela.
O vento “tenta’, mas a vida... Bem, a vida
reescreve e consuma finais inesperados
para histórias de amor.

E hoje,
que a distancia nos separa tão inutilmente,
Não sei dos teus atalhos,
Mas sei com precisão o
tempo que não respiro estrelas.

Pedi um instante pra falar das minhas noites sem céu e chorar tua
Ausência.

Precisaria uma vida pra falar da Solidão e da Saudade que sinto de ti.

Talvez um dia haja novamente essas noites plenas, cheias de encantamento,

Abarrotadas de abraços e de beijos e bocas recheadas de promessas futuras.

Talvez um dia nos aconcheguemos em abraços ardorosos e finjamos contar estrelas para que nesse silencio usufruamos o prazer de apenas estarmos perto um do outro.

Talvez um dia...



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