Coragem pra admitir que não tenho
O dom do esquecimento.
Nem por um só momento,
Por que minha alma vive de lembranças
E morre a cada tempo na esperança
Dessa inútil e atroz saudade...
Chamo-me coragem.
Coragem de admitir erros no
Processo do “deixar-de-amar”.
Por que é preciso já que
partistes pra outras esferas.
Nunca aprendi isso e por razões óbvias,
esisto de deixar e vivo de esperas..
Quero te amar pra sempre,
mesmo morrendo a todo momento,
Nessa vida sem contentamento,
É assim que deve ser.
Ainda me chamo coragem
quando a fragrância do teu cheiro
me invade narina a dentro e para
meu desespero me alimenta
do ar que me obriga a confessar:
Chamo-me coragem por pura covardia
de ter que admitir que ainda
estou viva, e vivo apenas dessa
no rosto - a máscara da felicidade.