09 janeiro, 2011

Chamo-me Coragem


Chamo-me coragem.
Coragem pra admitir que não tenho
O dom do esquecimento.
Nem por um só momento,
Por que minha alma vive de lembranças
E morre a cada tempo na esperança
Dessa inútil e atroz saudade...

Chamo-me coragem.
Coragem de admitir erros no
Processo do “deixar-de-amar”.
Por que é preciso já que
partistes pra outras esferas.

Nunca aprendi isso e por razões óbvias,
esisto de deixar e vivo de esperas..

Quero te amar pra sempre,
mesmo morrendo a todo momento,
Nessa vida sem contentamento,
É assim que deve ser.

Ainda me chamo coragem
quando a fragrância do teu cheiro
me invade narina a dentro e para
meu desespero me alimenta
do ar que me obriga a confessar:
Chamo-me coragem por pura covardia
de ter que admitir que ainda
estou viva, e vivo apenas
dessa
quase idolatria,
morrendo de saudade, mas
no rosto - a máscara da felicidade.
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